E chega ao fim mais uma edição do festival Fabrikaos, que está no seu quinto ano de realização, sendo mais um evento que o Blog Metal Pará esteve presente. A previsão do início dos shows era de 14h, com tempo de duração de meia hora para cada banda, o que foi seguido rigorosamente. O festival reuniu bandas novas, como A Red Nightmare, All Still Burns, Adipocera, e Projeto Secreto Macacos; e as velhas conhecidas do underground paraense, como Mitra, Retaliatory, Anubis e Delinquentes, passando pelo heavy metal, thrash metal, o crossover, o HC, o instrumental, e essa mistura conferiu ao festival um público heterogêneo, mas que compareceu em peso e instaurou um respeito mútuo entre os fãs desses diferentes estilos.
“Hoje em dia a curadoria do festival não fica limitada apenas as bandas que tocam no estúdio. Nós chamamos desde os parceiros da década de 80, como o Retaliatory, até uma galera nova do hardcore, como o Adipocera. Vai ser como relembrar aquele tempo em que a cena metal e hardcore eram unidas numa coisa só. Todo mundo tocava junto, era o mesmo público”, afirma Jayme Katarro, vocalista do Delinquentes e um dos idealizadores do Fabrikaos. A proposta do festival é louvável: colocar em destaque as bandas locais, habituadas a abrir para as bandas que vem de outros locais para tocar em Belém. Ao invés de coadjuvantes, as bandas da terra são as grandes estrelas do Fabrikaos.
“Hoje em dia a curadoria do festival não fica limitada apenas as bandas que tocam no estúdio. Nós chamamos desde os parceiros da década de 80, como o Retaliatory, até uma galera nova do hardcore, como o Adipocera. Vai ser como relembrar aquele tempo em que a cena metal e hardcore eram unidas numa coisa só. Todo mundo tocava junto, era o mesmo público”, afirma Jayme Katarro, vocalista do Delinquentes e um dos idealizadores do Fabrikaos. A proposta do festival é louvável: colocar em destaque as bandas locais, habituadas a abrir para as bandas que vem de outros locais para tocar em Belém. Ao invés de coadjuvantes, as bandas da terra são as grandes estrelas do Fabrikaos.
A primeira banda do festival foi a Fora Parte, seguida por Adipocera, No Found e A Válvula. Infelizmente, não pude acompanhar a apresentação das quatro. Cheguei tarde no evento, a tempo de acompanhar a programação desde o show da Projeto Secreto Macacos, cujo show eu vi pela primeira vez. Com uma proposta diferente, o Projeto Secreto Macacos executa um instrumental envolvente, permeando entre o peso e a suavidade, uma espécie de progressivo com eletrônico. Não é o tipo de banda para se escutar enquanto se bate cabeça ou em meio a um mosh pit, mas o combinado entre os riffs e as linhas de teclado confere à banda uma estética única, que tem tudo para ganhar espaço não só entre os fãs de rock, mas em tudo o que se produz no estado em termos de música.
Um dos destaques da tarde foi a All Still Burns. É interessante notar o quanto o número dos adeptos do metalcore vem crescendo na cena local, a ponto de promover uma excelente interação entre banda e público, que foi justamente o que chamou a atenção no show da All Still Burns.

A banda já conta com uma legião de seguidores no circuito local, o que não é para menos, dada a violência com a qual executa seu trabalho on stage. Embora a apresentação tenha sido mais cedo, com um público ainda menor em relação ao que viria, a ASB fez valer cada gota de suor e fúria que derramou no palco naquele tórrido fim de tarde.

A banda já conta com uma legião de seguidores no circuito local, o que não é para menos, dada a violência com a qual executa seu trabalho on stage. Embora a apresentação tenha sido mais cedo, com um público ainda menor em relação ao que viria, a ASB fez valer cada gota de suor e fúria que derramou no palco naquele tórrido fim de tarde.



Enfim, chega a vez do anfitrião da festa comandar o mar de gente. Jayme Katarro e seus Delinquentes tomam o Mormaço de assalto, sendo alguns dos pontos mais altos do show a execução de “Um Belo Dia pra Morrer” e o cover de “Refuse/Resist”, do bom e velho Sepultura. Como sempre, Delinquentes só reafirma que continua com o espírito que fez deles uma das bandas de linha de frente no underground paraense. Está aí para todo mundo ver.

Falando em lendas da cena noventista, eis que surge o Mitra, penúltima banda da noite. Uma das bandas de heavy metal mais importantes do underground local que executou com pura competência aquilo que sabe fazer de melhor. Guitarras em absoluta sinergia e um público encantado fizeram daquele show um dos mais festejados do Fabrikaos.



Ao final do festival, ficou a sensação de alma lavada, por parte do público, e de dever cumprido, por parte das bandas. A produção do evento foi impecável, os horários da programação foram respeitados, as bandas puderam desempenhar bem seu trabalho e o público só teve a ganhar, pôde prestigiar suas bandas favoritas mantendo o clima de respeito e cordialidade, desde os fãs do indie rock até os amantes do mais bruto death metal. São festivais como o Fabrikaos que dão a certeza de que a cena do Pará tem bandas extremamente competentes em seus respectivos estilos e que merecem ter sua música em destaque; dão a certeza que união e muito trabalho duro podem produzir eventos memoráveis; acima de tudo, dão a certeza que o rock underground local pulsa mais vivo do que nunca. E que venha o Fabrikaos VI!
Lorena “Beasthrash”
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